Quero "fragmentar" hoje com alguns versos de Mário de Andrade que sublinhei no livro Cecília e Mário/Cecília Meireles. São leves e bastante reflexivos.
"Guardo na sensação o medo ágil da infância,
Eu sei me rir! Eu sei me lastimar com ingenuidade!"
"EU DANÇO!
Eu danço manso, muito manso,
Não canso e danço,
Danço e venço,
Manipanço...
Só não penso...
Outros dançam de soluçar...
Eu danço manso a dança do ombro...
Eu danço... Não sei mais chorar!..."
"Eu sou um escritor difícil,
Porém culpa de quem é!...
Todo difícil é fácil,
Abasta a gente saber.
Bagé, piché, chué, ôh 'xavié',
De tão fácil virou fóssil,
O difícil é aprender!"
"Minha casa...
Tudo caiado de novo!
É tão grande a manhã!
É tão bom respirar!
É tão gostoso gostar da vida!
A própria dor é uma felicidade..."
"Por muitos anos procurei-me a mim mesmo.
Achei. Agora não me digam que ando à procura
de originalidade, porque já descobri onde ela
estava, pertence-me, é minha."
Foi um livro que gostei de ler,
é uma homenagem
feita por Cecília Meireles/antologia a Mário de Andrade.
Com muito carinho, Anete
(Imagens Google)